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Link Videos Sapo: As Cidades no Homem
http://videos.sapo.pt/eJMTg4wwmCLacsfJZQiw
http://noticias.sapo.pt/noticias/fotos/nadir_afonso
Link RTPN (Arquitectarte) Apresentação da Fundação Nadir Afonso:
http://tv.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=24383&e_id=&c_id=7&dif=tv&dataP=2009-01-29
Link Programa “Cartaz” da Sic - 19 -01-2009:
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Cartaz/2009/1/fundacaonadirafonsoemchaves.htm
A morfometria, qualidade de fonte matemática, é a essência da obra de arte, sendo ela que, numa ilusão de imanência, imprime alma nas outras qualidades próprias dos objectos: a perfeição surge-nos, assim, mais justa, a harmonia mais pura, a evocação mais sincera, a originalidade mais espontânea, como se os objectos fossem banhados de espiritualidade… quando, na realidade, apenas são reestruturados segundo aquela mesma geometria – considerada por Platão, «a beleza absoluta» – que rege as formas elementares da natureza.
E esta certeza mostra-se de tal modo evidente que, durante a nossa longa vida, sempre rebatemos as conjecturas dos estetas, críticos de arte.
Vejamos como se gera essa convicção de que não existe uma lei determinante, própria da obra de arte – «a arte é um mistério» diz Albert Einstein.
Os filósofos pensam que nunca a estética poderia constituir-se como disciplina rigorosa, nem jamais, a liberdade criadora da arte, seria submetida às regras predeterminadas da ciência e suas normas quantitativas … e, contudo, apesar de tão bem conceituados argumentos, o filosofo engana-se, esquece que na criação artística, a matemática perpassa intuitiva, conduzida por uma percepção sensível e nunca acessível a uma consciência dizível.
Para entender a noção de morfometria e alcançar o que de eterno e transmissível existe na obra de arte, reveste-se de primordial importância, cultivar, mediante uma prática perseverante, a nossa acuidade às formas da natureza e laborá-las de tal modo que possamos distinguir os atributos imutáveis próprios dos espaços e diferenciá-los dos atributos mutáveis, próprios dos objectos, sujeitos à evolução natural.
Dado que as formas elementares da natureza – círculo, esfera, quadrado, cubo, triângulo equilátero … – estão na origem dos espaços regidos por leis, é nesta essência particular da obra de arte que o filósofo-esteta sente sem, todavia perceber, o mistério que emana dos objectos convertidos a uma mensurarão quantitativa.
A operação morfométrica – essa conversão da forma do objecto em matemática da forma – é amplamente tratada nos nossos trabalhos anteriores[1].
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